quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

A Dialética na Esfera do Conhecimento Social

A DIALÉTICA NA ESFERA DO CONHECIMENTO SOCIAL
Juracy Amaral

1. INTRODUÇÃO

A pretensão desse trabalho é trazer para o debate o emprego do conceito de Dialética nas suas diferentes acepções, evidenciadas entre as correntes paradigmáticas que constituem o panorama epistemológico da civilização ocidental. Discutir sobre a Dialética não implica, necessariamente, em mais uma tentativa de esclarecer a verdadeira natureza desse conceito, mas iluminar os caminhos daqueles que ainda permanecem com o olhar sombrio sobre a intricada variedade de significados que esse termo é prenunciado, o que, de certa forma, dificulta a inteligibilidade dos argumentos empregados na elaboração dos trabalhos que se propõem seguir as pistas desse tipo de procedimento ou forma de raciocinar, como queira. Evocar a Dialética como recurso metodológico não é uma estratégia tão simples como tem sido exposto rotineiramente nas academias e noutros lugares onde se produz conhecimento, pois esse conceito não sugere apenas o movimento das coisas em si mesma ou a simples contradição apresentada pelos fatos investigados, tais vestígios anunciam apenas que é possível tramar o enredo argumentativo a partir Dialética, o que não significa que o método dialético está posto.
O emprego descomedido do termo dialético na linguagem corrente, também se manifesta nos trabalhos do universo acadêmico, talvez a incompreensão do próprio vernáculo induz à sua impropriedade. Pensando nisso, entendo que a etimologia da palavra Dialética alargará nossos horizontes para melhor podermos perseguir a trilha que nos conduz à compreensão clara dos possíveis sentidos que esse termo sugere. A Dialética é uma palavra que vem do grego dialketikh. Dialética em grego é vizinha de diálogo (dielegos) que pode significar conversa, diálogo ou que a discussão seja conduzida por meio de um diálogo de duas razões contrárias. O termo dialético é um substantivo que cunhado como verbo significa dizer, conversar, discorrer, raciocinar; o prefixo dia sugere separação, divisão oposição, confronto das idéias. Quando se adjetiva o termo dialético, no sentido daquele que pratica, refere-se à discussão, quando se emprega como substantivo, refere-se àquele que conduz a discussão. A palavra dialética em grego é próxima do logos que vem de legos que significa palavra e pensamento; nessa acepção, o vocábulo dialética sugere o exercício do pensamento, a arte do discurso, uma ginástica do espírito como quer Aristóteles. Conclui-se, portanto, que a dialética é a arte de discutir, falar e pensar.
No âmbito das ciências, e mesmo de todas as ciências humanas, a Sociologia é a que mais necessita do método dialético. Isso porque o objeto dessa ciência se apresenta de forma muito peculiar, é uma realidade sui generis como sugere Durkheim (1978), portanto deve ser estudado no conjunto dos seus aspectos e dos seus movimentos. O próprio método da sociologia que deve procurar uma visibilidade pluridimensional da realidade social e da tensão perpétua entre os elementos que se articulam ou não, para estruturar essa realidade, exige imperiosamente o recurso dialético.
A Dialética não estabelece a conciliação e nem tampouco a reconciliação. Ela tem como principal tarefa demolir todos os conceitos, adquiridos e cristalizados, combater os dogmas para que seja instalada uma nova ordem suscetível de outros antagonismos. Nessa constante falta de repouso que caracteriza o raciocínio emoldurado pela Dialética, podemos admitir que o programa da Sociologia, em razão dessa ciência lidar com fenômenos em constante movimento, tem elementos que requerem um raciocínio estruturado na Dialética. Fenômenos como os grupos, as classes, as sociedades, as estruturas e as obras produzidas pelas diferentes civilizações e demais elementos que compõem a sociedade, exigem uma abordagem ampla e totalizadora, mas que dê conta de processar as múltiplas contradições em que são efetivados esses acontecimentos sociais.


2. O CONTEXTO HISTÓRICO DA DIALÉTICA

Ao longo da história a Dialética se modificou. Na sua fase clássica, ainda na Grécia, foi aplicada para exprimir habilidade, arte; sobretudo para fazer a verdadeira distinção dos gêneros e das espécies, por fim, construir a verdadeira explicação das coisas através das idéias. Também foi empregada para classificar os conceitos, examiná-los e discuti-los. Aristóteles procurou distingui-la da Analítica, que para o filósofo, tem como objeto a demonstração, ou seja, deduzir através de premissas verdadeiras para fixar uma conclusão. Enquanto que a Dialética, para ele, tem seu objeto constituído a partir dos raciocínios que se estabelecem nas opiniões prováveis; nesse sentido, a Dialética é uma arte intermediária entre a Retórica e a Analítica. Esta orientação aristotélica deriva-se das premissas de Sócrates e Platão que raciocinavam a partir das opiniões correntes suscitadas e precisadas pelo método dialético e da interrogação (cf. Analíticos, I, IV, V, 46, 77 a; Metafísica, II, 1 995 b, etc.).
A Dialética teve seu apogeu no período helênico, período em que ela desencadeou polêmicas infindáveis. De um lado, onde se incluía Platão como principal representante dessa corrente, havia aqueles que urdiam um laudatório sobre a força do raciocínio dialético e do seu sentido lógico. Numa passagem do Sofista, Platão chega comparar o dialético (aquele que pratica) ao filósofo. Mas, do outro lado, existiam aqueles que denegriam os argumentos estruturados pela Dialética. Para eles, a dissimulação, a sutiliza, a malícia e a astúcia que compõem a argumentação dos que praticam distinções engenhosas, fazem da Dialética um artifício inútil e de pouca consistência. Apenas conduz aos que fazem uso dela a uma aparente satisfação de falso conhecimento da verdade, pois ao permitir articular engenhosamente as proposições ela abre espaço para as demonstrações infundadas e de resultados duvidosos. Esse sentido foi retomado na Era Moderna por Kant, que concebe a Dialética como uma lógica da aparência e de raciocínios ilusórios; ou seja, para ele esta não passava de uma arte de sofismar.
No período medieval a Dialética se opõe à Retórica e passa designar a lógica formal. É nesse período que a Dialética retorna ao sentido de diálogo, discussão ou seja arte de discutir e falar.
Mas foi Hegel o grande pensador da Era Moderna que retomou a Dialética e a adaptou aos entendimentos dos processos sociais e históricos. Ele ampliou as possibilidades do emprego do método dialético na vida social, além de difundir o seu uso. Hegel afirma que o papel da dialética “é produzir e conceber a determinação, não como oposição e limite simplesmente, mas compreender e produzir por si mesma o conteúdo, e o resultado positivos, na medida em que, mediante esse processo, unicamente ela é desenvolvimento e progresso imanente. Essa dialética não é ... senão a própria alma do conteúdo, que faz brotar, organizadamente, seus ramos e seus frutos.” (Hegel 1999)
Para Hegel a Dialética é a mola propulsora do conceito, que pode ser tanto dissolvente como produtivo da especificação universal. Essa Dialética consiste essencialmente em reconhecer a inseparabilidade dos contraditórios, e em descobrir o princípio desta união numa categoria superior. A acepção hegeliana da Dialética é de que ela encadeia o pensamento de tal forma, que o espírito não se contenta diante do satisfatório e ainda se processa gradualmente antes da etapa seguinte, ele não se repousa. Para Hegel, as coisas estão sempre mudando e a vida é essencialmente movimento que, por sua vez, implica numa nova contradição. Ele afirma que é esse movimento transformador que faz com que, na história da humanidade, haja sempre uma coisa de novo sob o sol e que uma negação de si mesmo produz outro ser.
A corrente denominada de Hegelianos de Esquerda ou New Hegelianos, composta por David Strauss, Bruno Bauer (1809-1872), Max Stirner (1806-1856), Arnold Ruge (1802-1880), Ludwig Feuerbach (1804-1872) e Karl Marx (1818-1883), que fez parte deste grupo por curto período de tempo, são considerados os herdeiros do filósofo. Eles modificaram o método dialético proposto por Hegel e o aplicaram nas análises dos problemas políticos e sociais que estudaram. Feuerbach se destaca ao elaborar um tratado filosófico sobre a Essência do Cristianismo procurando demonstrar o equivoco da teologia especulativa de Hegel. Segundo Feuerbach, o fantasma da teologia percorre todo o pensamento hegeliano e contagia as demais categorias filosóficas elaboradas por ele, tal como ocorre na sustentação hegeliana de que o mundo é um produto do espírito, o que, segundo Feuerbach, não passa de uma objetivação do espírito através da religião. Essa critica feuerbachiana reflete na formulação dos trabalhados de Marx e Engels, que procuram desenvolver a dialética materialista e o materialismo histórico como método de investigação social.
Marx, ao retomar a dialética, diferentemente do que havia sido proposto por Hegel, desenvolveu juntamente com Engels, um método para investigar os processos da vida social. Esse método, denominado de Materialismo Dialético, se caracteriza por ter como bases as realidades dos indivíduos reais, as suas ações e as suas condições de existência já existentes ou elaboradas pelos próprios sujeitos históricos (Marx 1974). Dessa forma Marx refuta a filosofia hegeliana e instala o seu próprio método fundamentado na ciência da história, que ele divide em história da natureza e história dos homens.
A história é concebida por Marx como um fenômeno exclusivamente humano, resultante da ação dos indivíduos na natureza ao tentarem produzir seus meios de existência. Dessas peculiaridades abstraídas do processo de trabalho, o autor distinguirá o humano do animal e nos mostrar que o último não é capaz de fazer a história porque trabalha de forma limitada, imposta pela suas condições naturais de existência. Noutras palavras, os animais ao agirem na natureza, processam as transformações necessárias para satisfazer suas mínimas necessidades, que são determinadas pelas condições naturais de sua existência. Essas ações são codificadas e limitadas pela sua própria natureza de existência que refletem as formas de cada animal trabalhar.
As condições da existência humana, diferentemente das condições de existência dos animais, são produzidas e determinadas pelos próprios indivíduos que se interagem num processo incessante, que lhes permitem criar e recriar as condições materiais de suas próprias existências. Para Marx, não é a consciência, a religião e demais categorias invocadas pelos filósofos adeptos da filosofia especulativa para distinguir os humanos dos animais que explicam essencialmente suas diferenças, mas a forma em que se realiza o trabalho de cada um deles. O trabalho do humano é consciente, proposital e voluntário. Isso quer dizer que agimos na natureza de forma determinada, prevendo objetivamente os resultados das nossas ações, que são provenientes de articulações complexas, intrinsecamente ligadas aos nossos mecanismos biopsicológicos que fazem resultar a energia intelectual e corporal necessária aos processos da atividade humana determinante do indivíduo histórico. Portanto, essas distinções só começam a existir quando os humanos iniciam a produção dos seus meios de vida, que se desenvolve e abre espaço para que outros desejos sejam criados, conseqüentemente criados novos instrumentos e condições para satisfaze-los numa sucessiva e constante reprodução desses processos, que fazem os humanos ocuparem seu lugar na hierarquia do reino animal.
A proposta de Marx trilha nos caminhos da filosofia hegeliana, principalmente naquilo que ela lhe oferece para o entendimento da consciência e sua proposta de explicar como se efetiva o processo de alienação política. É na forma de organização do processo de trabalho capitalista que Marx irá perceber como se processa a alienação dos indivíduos no cenário político. No processo de trabalho capitalista, os produtores não agem para atender suas determinações subjetivas, mas para atender as necessidades do capital. Nessa perspectiva, todo o produto de seu trabalho lhe é estranho, pois ele não o concebeu, nem tampouco o controla depois de produzido, e ainda, não é um objeto que lhe pertence, o que implica, necessariamente, numa relação de estranhamento entre o produtor e o seu produto.
Marx procura desvencilhar das idéias hegelianas que concebiam o pensamento como produtor da realidade e evidenciavam que o pensamento nada mais é do que o reflexo da realidade. Para compreender melhor a questão proposta por Marx, pense no seguinte: se alguém diz que um determinado objeto tem a cor preta e outro diz que a cor desse mesmo objeto é branca, ambos se entendem; pois discutem sobre uma mesma coisa , a cor de um determinado objeto. Somente o exame desse objeto nos permitirá afirmar se ele é de cor branca ou preta. Contudo, se a cor desse objeto for cinzenta fica complicado. Mas para que haja discussão, é necessário existir objetos de cor branca e de cor preta, portanto, as teses antagônicas presentes não se originam única e exclusivamente no pensamento dos que as debatem como diz os filósofos, assim Marx resolve o problema proposto por Hegel, ou seja, de que o mundo real é o reflexo do mundo ideal.


3. OS PROCESSOS DIALÉTICOS EM SOCIOLOGIA

Uma das características do método dialético é nos permitir raciocinar sobre uma dada realidade, que se apresenta como uma totalidade dinâmica e, ao mesmo tempo, abrir espaço para o agir na procura da desconstrução dessa mesma realidade sem prejudicar a sua apreensão.
As realidades humanas, constituídas numa totalidade em movimentos constantes, passíveis de serem integradas e desintegradas na elaboração recíproca de seus conjuntos e de suas partes, nos conduzem para um cenário cujos episódios não se encaixam nos ditames da lógica formal, o que, de certa forma, pode ocasionar interpretações equivocadas quanto ao verdadeiro estado manifestado por esses fenômenos, que não se exprimem na aparente deformidade explicitada pela análise que contempla esse tipo lógica. Isso não quer dizer que a dialética despreza a lógica, pois como qualquer outra proposta metodológica, ela se apresenta estruturada de forma lógica, sistemática e, como todo esforço analítico e sintético, exige os rigores científicos normais (Demo 1990).

O método dialético contém sempre um elemento de negação, não no sentido único das antinomias em si mesmas, mas como uma descaracterização das leis da lógica formal que não leva em conta os conjuntos concretos (Gurvitch 1982). O método dialético nega qualquer simplificação ou imobilização no conhecimento das totalidades humanas reais, pois sua característica permite realçar a complexidade, a flexibilidade, a sinuosidade, as tensões e novas possibilidades de apreensão destes conjuntos humanos globalizados. Razão pela qual, esse método se inicia pela experiência que se renova continuamente num movimento real insaciável.
Cometem-se erros ao se reduzir os processos dialéticos a antinomias. Ou seja, simplificam as polaridades contraditórias em negação da negação e não sugere outras possibilidades que não seja a própria antinomia . Mesmo Marx, que enfatizou em sua proposta dialética os antagonismos das classes sociais integradas em dois blocos opostos, burguesia e proletariado, reconheceu que várias classes iriam se constituir ao longo da composição capitalista, e estas, por sua vez, iriam se compor entre si e formar classes intermediárias diferenciadas. Problemas dessa ordem complicam as relações de classes, que podem tornar ambivalentes e só podem ser esclarecidos pelos processos dialéticos. Mas em Marx essa dialética é expressa nas forças produtivas, tal como a dialética das revoluções que implica numa tomada de consciência de classe, nas aspirações, nos ideais e nas obras de civilização tramadas ao longo do tempo.
O processo da complementaridade dialética que tem como objetivo desvelar a aparência de uma exclusão recíproca de elementos contrários, que se revelam à dialética como pares que se afirmam um em função do outro e se constituem num mesmo conjunto, mesmo que este possa pertencer a outro gênero. Como ocorre na esfera do conhecimento natural, Niels Bohr, Louis de Broglie e outros aplicaram a dialética da complementaridade às ondas e aos corpúsculos, nesse caso, apenas propuseram mostrar a relatividade e a insuficiência de conceitos contrários, utilizados para exprimir um conjunto de conceitos impossíveis de serem mostrados de outro modo.
Da mesma forma ocorre na esfera do conhecimento social, em especial a Sociologia, quando observarmos o universo social e tomarmos para análise o tipo de agrupamento, os tipos de classes sociais e os tipos de sociedades globais que se apresentam em primeiro plano e aplicamos a dialética de complementaridade para analisá-los. Aparentemente, cada um desses tipos citados pode entrar em conflito com os outros, pois um não pode se isolar dos outros nem se reduzir uns aos outros, mas pode ser estabelecida uma tipologia das sociedades globais e das classes, sem considerar os grupos e as manifestações da sociabilidade que emergem no seio desse universo. Não se pode confundir complementaridade dialética com a união de extremos, pois o claro e o escuro só fazem sentido um em relação ao outro. Nessa perspectiva, a dialética da complementaridade procura integrar as partes para construir a explicação mais ou menos coerente com os termos em questão.
Outro aspecto que envolve a abordagem dialética é o reconhecimento de elementos antagônicos no objeto problematizado que apresentam seus segmentos numa trama que se forma pela interpenetração e sobreposição de seus elementos como o caso da vida psíquica e da vida social, cujas categorias se implicam mutuamente, pois há psíquico no social e social no psíquico. Somente uma análise dialética, através do processo operatório de implicação mútua, seria capaz de delinear a complexidade desses processos de infinitas possibilidades de interpretação.
As realidades humanas trazem consigo o estereotipo da ambivalência, que se desenvolve e reflete nas organizações sociais o antagonismo, concebido de forma globalizada, mas que está arraigado na composição psíquica dos humanos através da ambivalência sexual apontada por Freud em seus Ensaios da Sexualidade Infantil. Tais processos exigem uma abordagem analítica que contemple as vicissitudes desses fatores decorrentes da própria natureza dos elementos que compõem as realidades sociais e individuais, também complexas. Portanto, o raciocínio emoldurado pela dialética nos possibilita compreender essa polarização que se dissemina entre as massas e formam a sociedade global. Entretanto, é fundamental salientar que nenhum elemento antagônico permanece para sempre nessa condição em todos os tempos e em todos os casos.


4. CONCLUSÃO
O emprego da Dialética, em larga medida, principalmente como recurso metodológico que abordam os fenômenos sociais, trouxe várias controvérsias entre os pesquisadores e produtores de teorias que tratam dos fenômenos humanos e também os da própria natureza. A Dialética, como qualquer outro método, apresenta certos benefícios, bem como certas desvantagens, que refletem no entendimento e construção da argumentação teórica sobre os fenômenos estudados, tanto os de ordem natural quanto àqueles inerentes aos fatores socioculturais e históricos em geral.
Sendo assim, o emprego do método dialético não se reduz apenas nos antagonismos dos objetos em si, pois nem tudo que se movimenta e apresenta metonímias sugere o método dialético. Não obstante, os fenômenos da esfera sociológica apresentam peculiaridades intrinsecamente dialéticos e solicita uma abordagem dessa natureza para que sejam esclarecidos sem nenhum dogmatismo conceitual.
No âmbito da sociologia, os fenômenos nos são apresentados em conjuntos dinâmicos, constituídos de polaridades que se oferecem aos pesquisadores como problemas de difícil apreensão sob a ótica das metodologias que procuram reduzi-los quantitativamente aos apelos da lógica formal pura.
Outro cuidado é não confundir a Dialética com a Retórica. A profusão do termo dialético nos mais variados segmentos sociais contribuiu para a impropriedade desse conceito, que ao se vulgarizar, permitiu-se o mau uso do conceito que, para muitos, dialética tem a acepção de trocadilhos e frases de efeitos para dissimular ou estabelecer sutilezas de retóricas.













5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARISTÓTELES, Os Pensadores. São Paulo, 1999. Ed. Nova Cultural
DEMO, P. et al. Dialética Hoje. Petrópolis, 1990, Ed. Vozes.
____________. Metodologia do Conhecimento Científico. São Paulo: Atlas, 2000
___________. Metodologia Científica das Ciências Sociais. São Paulo: Atlas,1989
___________. Saber Pensar. São Paulo: Cortez, 2000
DURKHEIM, E. Os pensadores. São Paulo, 1978, Ed. Abril Cultural

DOMINGUES, I. O Grau Zero do Conhecimento. São Paulo, 1991, Ed. Loyola.

ENGELS, F. Obras Filosóficas. México, 1986. Ed. Fundo de Cultura Econômica.
FREUD, Sigmund. Obras Completas.Madrid: Biblioteca Nueva, 1973
GURVITCH, Georges; Dia ética e Sociologia . Lisboa 1982, Publicações Dom Quixote.
HEGEL, G.W.F. Os Pensadores. São Paulo, 1999. Ed. Nova Cultural.
KANT, E. Os Pensadores. São Paulo, 1999. Ed. Nova Cultural
LALANDE, A. Vocabulário Técnico e Crítico da Filosofia. São Paulo 1993 Ed. Martins Fontes
MARX, K. Ideologia Alemã. Lisboa, 1974, Ed. Presença
_________Contribuição para a Crítica da Economia Política. Lisboa, 1974. Ed. Estampa

Um comentário:

Diego Correa disse...

professor...

o texto esta muito bom...

aproveitar e te passar o blog da nossa sala...


www.direitoturmaa.blogspot.com

estou colocando no blog os filmes e livros que voce esta indicando em sala de aula..


bom feriado...


abraço...